Os servidores municipais de Canaã dos Carajás ainda estão sem receber seus salários referentes ao mês de março. Já se passaram cerce de 15 dias úteis e a desculpa dada pela prefeitura para o não pagamento foi a de que todas as contas públicas estariam bloqueadas por uma ação judicial movida pelo Sintep (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará). Ou seja, com o bloqueio das contas a prefeitura estaria impedida de movimentar qualquer quantia até que fosse quitada a divida que ela tem com os servidores da educação.
Mas, na verdade, a ação judicial só impede que a prefeitura movimente o valor da dívida que ela tem com a categoria, e não todos os valores, mas a prefeitura estaria usando deste caso, e colocando todos os outros servidores contra a categoria, numa pura distorção dos fatos, para fazer com que o sindicato aceite uma proposta de parcelamento definida pelos servidores com “imoral”. Aliás, uma ação semelhante já havia sido impetrada pelos servidores da saúde pelo mesmo motivo.
O primeiro mandado de bloqueio foi expedido pelo juiz Aidison Campos Sousa da vara única da comarca de Canaã dos Carajás no dia 17 de março e recebido e cumprido pelos bancos desde o dia 19 de março. O mandado foi destinado ao prefeito municipal de Canaã como responsável legal pelas contas da prefeitura. As agências do Banpará e do Banco do Brasil receberam a notificação que informou a decisão judicial. Com o bloqueio a prefeitura não pode movimentar os recursos no valor total de R$ 1.686.646,87. O processo foi movido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública do Estado do Pará (Sintesp). O valor é referente aos salários do mês de dezembro e o 13º de 2008 que a categoria ainda não recebeu.
O segundo mandado foi expedido no dia 29 de março pelo Sintep e pelo Sinatc (Sindicato dos Agentes de Trânsito de Canaã) pelo mesmo motivo. Só do Sintep, o valor corrigido reivindicado é de R$ 1.025.446,20.No dia 09 de abril a prefeitura conseguiu fechar um acordo com os servidores da saúde, onde a divida foi parcelada em oito vezes. isso depois de muita pressão e até ameça de demissão em massa, casa o acordo não fosse aceito. A mesma proposta foi feita aos servidores da educação em reunião com a categoria no dia 12, mas que foi recusada. O sindicato fez uma contraposta de parcelamento da divida em somente duas vezes, mas que também não foi aceita pela prefeitura.
Como ambos não chegaram a um acordo, o bloqueio do valor foi mantido, e agora o caso aguarda uma decisão judicial.
Até as verbas federais destinadas à educação e a saúde, que podem ser aplicadas somente nessas duas secretarias, também estão sendo retidas pelo mesmo pretexto, num ato de pura irresponsabilidade.
Os dois sindicatos (Sintep e Sinatc) emitiram uma nota de esclarecimento à imprensa explicando os fatos.
Antes do programa ir ao ar nesta terça-feira, a TV recebeu algumas ligações de pessoas se identificando como sendo professores. eles relataram que houve uma reunião ontem a tarde com representantes da secretaria de Educação onde todos os funcionários que estão na prefeitura desde a gestão anterior e que brigam pra receber os débitos atrasados, serão demitidos. A reportagem irá apurar a procendência da denúncia.
2 comentários:
diante desses acontecimentos revoltantes vem a pergunta que não quer calar, cadê o ministério publico? canaã a muito tempo virou caso de ministério e policia federal. onde já se viu trabalhar e receber seu salário de oito vezes e o pior é saber que tem funcionário publico que ainda fica do lado desse falsario e contra os colegas que estão lutando pelos seus direitos. a que ponto chegou a falta de vergonha em nossa cidade.
é gente a coisa tá feia, cadê o dinheiro de canaã? cadê os vinte e tantos milhões proveniente das antecípações dos royalts? esse dinheiro seria usado para tampar o rombo nas contas da prefeitura e investir em obras na cidade. o fato é que eles queriam tanto usar esse dinheiro para o bem que aprovaram a lei as escondidas, como tudo o que acontece nesse governo que não tem coragem de encarar de frente o povo tudo é feito às escondidas.
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